sábado, 26 de janeiro de 2019

Impressões prévias Biblioteque Kandinsky

Ao fim as coisas retornam ao início.

Esse projeto encontrou seu impulso inicial na Exposição Kandinsky no Brasil - Tudo Começa em Um ponto - , que teve uma de suas etapas no CCBB de Brasília em 2014. Lembro como hoje o impacto dos quadros sobre mim, sua atração intensa, que ultrapassava a questão visual, ou por meio da visualidade acessava outros sentidos, memórias e experiências. Era algo tanto estético quanto religioso.
Toda esta pesquisa tem sido desenvolvida a partir desse impulso primeiro que se ampliou em leituras e análises. Ou seja, essas leituras e análises distendem um núcleo experiencial multiestético e transdisciplinar.  Agora, uma pergunta: durante as leituras e análises, estamos lidando com reproduções. Mesmo as imagens com maior definição disponibilizadas na internet, como as das Composições 4, 6, por exemplo, mesmo assim essas se aproximam da relação concreta de um observador objetivo diante da tela.
O que temos: antes eu havia experienciado as telas sem possuir grande conhecimento delas. Hoje, tenho mais conhecimento, mas não estou em contato com as telas.
COmo agora estou indo para o Pompidou e vou ter contato direto com a Composição IX, encontram-se duas situações: a erudição e a vivência.
Minha viagem de pesquisa para a Biblioteca Kandinksy possui diversos objetivos e experimentos. Um deles é eu mesmo me colocar como experimento, em limite. Não por coincidência o término da pesquisa se desdobra na parte final da fina de Kandinsky, com seus últimos anos em Paris.
Uma pergunta nunca inútil: em que medida um contato maior com a pintura vai proporcionar para mim algum diferencial na composição musical. Eu vou ter uma oportunidade única de passar um tempo mulditidimentisonal com a Composição IX.  Já tenho tido alguns insights sobre a composição. Só há um esboço do quadro. Kandinsky, segundo Nina Kandinsky, parecia já ver o quadro em sua mente antes de pintar.

Nos próximos 13 dias vou fazer uma imersão: dia a dia nos passos de Kandinsky: quadros, livros, esboços. Kandinsky chega a Paris em 1934, fugindo das políticas extremistas alemãs. Morre em Paris em 1944. Paris é o momento final da biografia de Kandinsky.
Outro fato é que o projeto de Kandinsky se relaciona com as pesquisas de Philippe Brunet e a parceria com o ERIAC ( Équipe de Recherche Interdisciplinaire sur les Aires Culturelles) da universidade de ROUEN, http://eriac.univ-rouen.fr/ .
As reuniões que faremos nos próximos dias apresentam também uma etapa da pesquisa, com troca de informações, pesquisas, e abordagens.

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