sexta-feira, 26 de abril de 2019

ESCRITA 2 MINUTOS de material

Até aqui segui o seguinte roteiro:
jogos de vozes em dissonâncias a partir a imagem em espiral do centro do quadro. Para realçar esta referência, detive-me durante 47 segundos ( comp 1-20) em variações sobre uma dada melodia e seus reutilizações em diferentes timbres, seja em oitava, seja em inversões. Como eu gosto de graves e quis associar essa parte da composição com uma forma polifônica, a qual não segue todas as regras, comecei em regiões mais graves, médio-graves ( cellos e piano) e depois reintroduzo o tema nos trombones. Gostei da urgência da música, muito relacionada a um fim, a se chegar a uma conclusão.
Aliás, me vali muito dessa expectativa de fim, como se a música estive se direcionando para seu término o tempo inteiro.
Após o compasso 20 me dirijo para a imagem do barco, no canto inferior esquerdo do quadro, seguindo o roteiro já indicado.

Depois, sigo em sentido vertical, do alto para baixo, para as imagens das nuvens marrons como rostos fitando o mundo abaixo, e então chego nos céus-montanhas no canto superior esquerdo.
Os próximos motivos - o das trombetas, o do cavalo e do cavaleiro e dos amantes, vou retomar das composições anteriores.
Mas está indo bem, com esse senso de linhas que se cruzam, formas circulares, descontinuidades, sobreposições e a manutenção de um fluxo. isso é o que mais me desafia.


O tema do trompete aparece na Composição V(audiocena II).
O tema dos cavalos aparece na orquestração para a Composição IV e na Composição II (audiocena V).
O tema dos amantes aparece na orquestração para a  Composição IV (audiocena I) e depois foi retomado na Composição II (audiocena V)

Ficamos assim: trombeta, cavalos, amantes.






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