sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Dia 11 (09 de fevereiro) Museu Kandinsky

Hoje foi um dia especial:
trabalhei nos arquivos, com acesso aos documentos de Kandinsky, como os handlists, ou Hausekatalog.
A teoria que vinha pensando, e essa viagem consolidou é a seguinte: o traço é um registro, uma escrita, comum à palavra, ao desenho e a música. Em Kandinsky a dimensão do traço foi se desenvendo como um algo que faz a mediação entre a apariação local do risco e o vestígio que algo ali co-presente ou que reenvia para uma outra dimensão. Essa aspecto multidimensional do traço em Kandinky se apresenta em um primeiro lugar na pluralidade de formas visuais de sua manifestação e colaboração: os desenhos, o trabalho gráfico, as aquarelas e as pinturas a óleo.
Os catálogos das obra evidenciado o esquema dos quadros, demonstrando a primeiridade do traço.
As anotações e os textos teóricos de Kandinsky colocam em relevo outro aspecto do traço: a música.
Então, para mim, o que está em jogo justamente, é compreender esse traço, ver na composição musical a articulação desses esquemas, mediações, a composição-pintura, a pintura-composição, o entrechoque de todos os sentidos, essa escritura multidimensional.
Os catálogos de Kandinsky contribuem para isso: parecem uma contabilidade ocasional. Mas além das informações sobre as obras, Kandinsky seleciona alguns traços dos quadros em cada entrada.
Como "resumir"uma pintura abstrata"? Nesse sentido, mas que questões ligadas à teoria da arte ou da filosofia, temos a materialidade de processos criativos.
Para aí, a partir da noção de escrita, temos um outro lugar, o da profusão, ou da improvisação.


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